Não faço mais do que segui-lo e imitá-lo. Seu nome para os aviadores é uma bandeira. Você é nosso lider Louis Blériot
1º voo do 14bis 23/10/1906 - 60m a 3m altura 2º voo do 14 bis 12/11/1906 - 220m a 6m de altura
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Nº 5 - 1901
Em 12 de julho de 1901, às 3 horas da madrugada, auxiliado por alguns
amigos e meus mecânicos, levei-o para o Hipódromo de Long-Champs; comecei a fazer a fazer pequenos círculos com o dirigível, que era verdadeiramente dócil; fui ao bairro de Puteaux e evoluia por cima de suas inúmeras usinas quando, de repente, ouço um barulho terrível: uma a uma, todas as usinas tinham posto a funcionar seu apitos e sirenas.
Parti de novo, circunaveguei a torre e voltei directamente a Longchamps, onde já havia muita gente à minha espera, inquieta da demora.
Foi um sucesso colossal quando cheguei e parei o motor.
Nesse mesmo dia a imprensa anunciava ao mundo inteiro que estava
resolvido o problema da dirigibilidade dos balões.
…mas nesse momento decisivo, a extremidade do meu balão alongado, que conservava ainda todo o seu gás, foi bater contra um telhado, mesmo no momento de franqueá-lo. O balão estourou com grande barulho, exatamente igual ao dum saco de papel que se encheu de ar e que se arrebenta. Foi a “terrível explosão” de que falaram os jornais.
Eu me havia enganado de alguns metros na avaliação da força do vento. Ao em vez de ter ido cair sobre o terraço do Sena, encontrava-me suspenso, na minha barquinha de vime, por cima do páteo dos
edifícios Trocadero. A quilha da aeronave, que me sustentava, inclinava-se 45º entre o muro do alto e o pateo e o teto duma construção mais baixa.
E mau grado o meu peso, o peso do motor e da maquinária, mau grado o choque que havia recebido, resistiu maravilhosamente. A travessa de pinho e as cordas de piano, de Nice, haviam-me salvo a vida!